sábado, 30 de junho de 2012

Homenagem a Chico Xavier


Este artigo foi escrito na época dos 100 anos do nascimento de Chico (2010), e achei por bem trazê-lo aqui ao Blog neste mês em que fará 10 anos que ele desencarnou…

E lá se vão 100 anos do nascimento do maior médium brasileiro. Naturalmente que tenhamos uma renovação do interesse pelo tema Chico Xavier: desde filmes a livros e matérias de revistas conhecidas, além é claro dos costumeiros ataques. Chico sempre inspirou os crentes e incomodou os céticos, tentarei explicar o motivo…
Um breve resumo de sua vida se encontra na Wikipedia: Nascido de uma família pobre em Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo Horizonte, era filho de Maria João de Deus e João Cândido Xavier. Educado na fé católica, Chico teve seu primeiro contato com a Doutrina Espírita em 1927, após fenômeno obsessivo verificado com uma de suas irmãs. Passa então a estudar e a desenvolver sua mediunidade que, como relata em nota no livro " Parnaso de Além-Túmulo", somente ganhou maior clareza em finais de 1931.
O seu nome de batismo Francisco de Paula Cândido foi dado em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que “rompeu” com o catolicismo e escreveu seus primeiros livros. O mais conhecido dos espíritas brasileiros contribuiu para expandir o movimento espírita brasileiro e encorajar os espíritas a revelarem sua adesão à doutrina sistematizada por Allan Kardec.
Sua credibilidade serviu de incentivo para que médiuns espíritas e não espíritas realizassem trabalhos espirituais abertos ao público. Chico é lembrado principalmente por suas obras assistenciais em Uberaba, cidade onde faleceu. Nos anos 1970 passou a ajudar pessoas pobres com o dinheiro da vendagem de seus livros, tendo para tanto criado uma fundação.
Eis um homem praticamente inatacável: Doou todos os direitos autorais de suas obras para a caridade. Não foram poucas obras, nem produzidas nem vendidas. Houvesse retido os direitos, lucraria uma média de 670mil reais por ano (nos valores atuais) durante a vida [1]. Houve quem tentasse encontrar uma lógica absurda de lucro, baseada em “mimos” que as dezenas de editoras diferentes retornavam a Chico, mas o absurdo do ataque fala por si mesmo.
Nada consta, igualmente, de sua vida sexual: Passou a vida toda como assexuado, dedicando todo seu tempo a caridade, a produção literária (psicografias), ao trabalho (aposentou-se como escrivão e datilógrafo no Ministério da Agricultura) e a divulgação da doutrina espírita. Seu filho, Eurípedes, foi adotado, e hoje registrou a assinatura do pai, recebendo os 10% do lucro de tudo que é lançado com ela – inclusive os filmes (nem todos são "santos", obviamente).
A espiritualidade sempre se preocupou em manter Chico além de qualquer tipo de ataque. Pesquisando, encontramos fatos curiosos: o livro que deu origem ao filme com seu nome, “As vidas de Chico Xavier”, foi baseado numa pesquisa do jornalista – e cético – Marcel Souto Maior sobre a vida de Chico. Porém, não foi lançado após sua morte, a primeira edição consta de 1994 (mesmo a Wikipédia está errada). Ocorre que a pesquisa de Marcel foi “permitida” pelo guia de Chico porque este já sabia que ela seria muito importante para o futuro. E realmente foi: vendeu como água (e apareceu nos radares dos “céticos de plantão”, que perderam a oportunidade de analisá-la quase uma década antes) em 2002, após a morte de Chico (conforme a “profecia”, no dia em que o Brasil todo estava feliz, tendo ganhado a Copa do Mundo).
Eis que uma biografia escrita por um cético gerou um filme dirigido por um ateu (Daniel Filho), tendo o papel de protagonista recaído sobre um ator que além de ateu sempre foi comunista (Nelson Xavier). Todos se disseram “mudados” pela história de Chico [2], e o filme já consta como a maior bilheteria de um lançamento do cinema nacional desde sua retomada em 1995 [3]. Não, Emmanuel não estava brincando em serviço, ele quis realmente se certificar que não teriam absolutamente nada para atacar tanto no livro quanto no filme (que, diga-se de passagem, também não tiveram envolvimento comercial com nenhuma editora espírita, nem com a FEB).
Sim, Emmanuel era chato mesmo. Se é verdade que tendia muito para o lado religioso da doutrina (já que fora na última encarnação o Padre Manuel da Nóbrega [4]), não se pode reclamar de seu cuidado com os mínimos detalhes da postura de Chico. Quando os jornalistas da Revista Cruzeiro realizaram a famosa reportagem tentando desacreditá-lo (isso está descrito no livro de Marcel), para a reclamação de Chico o guia respondeu: “Jesus Cristo foi para cruz. Você foi para a Revista Cruzeiro”.
Até mesmo a questão do uso das perucas foi veementemente desaconselhada pelo guia – mas os cuidados com a aparência, ao seu gosto duvidoso, Chico fez questão de manter até o fim. Talvez, se mesmo nesse detalhe houvesse seguido a opinião de Emmanuel, muitos não o julgariam apressadamente como charlatão somente porque esconde a calvície (sim, para o ignorante qualquer motivo é motivo).
Em todo caso, os céticos nunca desistiram de tentar explicar o fenômeno da produção literária de Chico – mais de 400 livros de mais de 2mil supostos autores espirituais diferentes. Filtrando os ataques ad hominem falaciosos, chegamos a algumas suposições céticas dignas de nota:
Que era um leitor voraz
Se é verdade que Chico largou o colégio aos 13 anos (na quarta série do primário) para trabalhar, não é verdade que fosse um iletrado e ignorante completo. Sim ele certamente lia bastante, além de escrever cartas pessoais a amigos. Mas será que isso explica a maneira prolífera como escreveu em diversos gêneros literários, no mínimo em pé de igualdade com a qualidade dos supostos autores espirituais enquanto eram vivos? – E isso já desde as poesias de seu primeiro livro (talvez, não tenha iniciado pelas poesias sem razão).
Que possuía “vasta” biblioteca
Segundo consta, sua “vasta” biblioteca chegou um dia a possuir cerca de 500 livros e revistas, com obras em inglês, francês e até hebraico (ele não sabia ler hebraico). A lista inclui obras de pelo menos dois autores dos quais psicografou: Castro Alves e Humberto de Campos. Muito bem, isso talvez explicasse as psicografias desses autores, mas e quanto às centenas de outros autores? Será mesmo que em lendo “cerca de 500 livros e revistas” estaremos aptos a escrever livros com a quantidade e qualidade que Chico escreveu? Ora, a biblioteca ainda está lá em Uberaba, preservada pelo seu filho – enviemos então nossas crianças para lá, vamos criar uma nação de gênios da literatura!
Que sofria de criptomnésia
Este é um distúrbio de memória que faz com que as pessoas se esqueçam que conhecem uma determinada informação. Segundo a teoria, Chico psicografava “sem saber” do próprio inconsciente, e resgatava as informações que já havia “lido em algum lugar” durante a vida. Ora, digamos então que sua biblioteca aliada aos livros e revistas que eventualmente leu durante a vida expliquem como tais informações foram parar em seu inconsciente sem que ele soubesse – e quanto à poesia? E quanto aos livros científicos? E quanto às respostas sobre economia e outros assuntos totalmente fora de sua alçada que deu aos “inquisidores” da Revista Cruzeiro? E quanto às respostas em rede nacional que deu durante o Pinga-Fogo da TV Tupi? Como será que tal conjunto de informações gerou tamanho conhecimento, tamanha habilidade poética?
Sobre esta hipótese no mínimo tão fantástica quanto à hipótese dos espíritos existirem, Monteiro Lobato um dia declarou: “Se Chico Xavier produziu tudo aquilo por conta própria, merece quantas cadeiras quiser na Academia Brasileira de Letras”.
Que comparecia a sessões de materialização de espíritos fraudulentas
Se são fraudulentas ou não, não vem ao caso comentar, pois não quero aqui convencer ninguém de realidade ou irrealidade da existência de espíritos e/ou materializações. Mas é necessário notar que tais episódios que (bem ou mal) exporam Chico ao ridículo da mídia da época foram cuidadosamente orquestrados (novamente) pelos “jornalistas” da Revista Cruzeiro [5]. A lição que ficou do episódio foi prontamente assimilada por Chico, tanto que se afastou da mídia por anos, até o retorno triunfal no Pinga-Fogo de 1971. Fossem as materializações reais ou não, o espiritismo não se presta a esse tipo de espetáculo. É uma doutrina de reforma íntima, de autoconhecimento, de caridade, não de shows de materialização. “Lição aprendida meu caro Emmanuel”!

sábado, 2 de junho de 2012

Qual é a melhor configuração de um PC para jogos?

Uma seleção de produtos arrasadores para você saber quais são as melhores máquinas que o dinheiro pode comprar.


Gamers que usam o computador como plataforma de jogos sonham em ter os PCs mais avançados da atualidade. Apesar de não serem necessários os melhores componentes para executar os títulos mais recentes, qualquer um deseja possuir uma máquina poderosa para não se preocupar com requisitos mínimos ou com taxas de fps.
Nossa equipe é composta por jogadores, portanto, não poderíamos deixar de compartilhar nossos desejos de consumo. Pesquisamos a fundo e separamos os melhores itens de hardware para você babar e saber quais produtos comprar quando ganhar na loteria. Claro, como de praxe, fizemos seleções com componentes de diferentes marcas, assim, ninguém fica triste.

Configuração Intel

Intel Core i7-3770K — US$ 350

Os processadores Ivy Bridge chegaram para alcançar um novo patamar em desempenho. O modelo mais potente dessa linha é o Intel Core i7-3770K, o qual opera na frequência de 3,5 GHz e pode trabalhar em modo Turbo com clock de 3,9 GHz. Esse chip com tecnologia de fabricação de 22 nm é compatível com o soquete LGA1155.
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Ele aceita a instalação de módulos de memória em canal duplo, configuração que garante excelentes resultados nos jogos mais recentes. Além disso, um grande diferencial do i7-3770K é a capacidade de operar com o barramento PCI-Express 3.0 em placas-mãe compatíveis.

Por que não recomendamos o i7-3960X?

Se você está sempre antenado nas notícias de hardware, deve saber que i7-3960X é o modelo com especificações mais avançadas. Esse modelo da série Sandy Bridge-E traz seis núcleos, tem capacidade para trabalhar com 12 threads e opera com memórias quad-channel.
 
Ainda que ele seja superior em números, o desempenho alcançado em games é muito semelhante ao do i7-3770K — em algumas situações é inferior. Isso sem contar que o i7-3960X consome mais energia, esquenta muito mais e não é compatível com o soquete LGA1155. Enfim, não existe lógica em adquirir um produto entusiasta que não tem grandes vantagens.

ASUS Maximus V GENE — US$ 210

Para acomodar o Intel Core i7-3770K, recomendamos a placa ASUS Maximus V GENE. Ela traz o chipset Z77 que garante o funcionamento do barramento PCI-Express 3.0, oferece suporte para configurações SLI e CrossFire e aceita a instalação de até 32 GB de memória RAM.
 
Claro, outras marcas fornecem desempenho equiparável e muitas vezes custam menos. Caso você prefira outro modelo, sugerimos as seguintes opções:
  • GIGABYTE G1.Sniper 3
  • ECS Z77H2-AX
  • MSI Z77A-GD80

CORSAIR Vengeance 16GB DDR3 — US$ 350

Como estamos falando de games, qualquer mínima diferença pode resultar em um ganho notável na execução dos jogos. Por isso, consideramos o kit de memória CORSAIR Vengeance de 16 GB (CMZ16GX3M4A2400C9R) uma excelente opção. Os módulos operam na frequência de 2.400 MHz e trabalham em canal duplo, oferecendo total compatibilidade com a placa-mãe recomendada.
 

Soluções gráficas NVIDIA

NVIDIA GeForce GTX 690 — US$ 1.000

Ainda que a NVIDIA não tenha qualquer relação com a Intel, muitos jogadores gostam de associar os componentes dessas duas fabricantes. De fato, os conjuntos com placas GeForce oferecem resultados surpreendentes.
 
Assim, como opção primária, sugerimos a utilização de uma placa EVGA GTX 690. Essa placa combina dois chips gráficos GTX 680 e oferece desempenho inigualável. Apesar do custo elevado, essa seria a opção ideal para quem busca o máximo em qualidade visual e deseja evitar incômodos com consumo de energia e ruídos.

Duas placas NVIDIA GeForce GTX 680 em SLI — US$ 1.100

Se você prefere obter um pequeno ganho na velocidade de processamento, então vale a pena instalar duas placas de vídeo. Testes comprovaram que placas GTX 680 em configuração SLI podem superar a GTX 690. A placa da ZOTAC é uma das melhores opções, apesar de ser um pouco mais cara.

Configuração AMD

AMD FX8150 — US$ 200

Caso você prefira AMD à Intel, então, a melhor opção é o FX-8150. O processador mais avançado da AMD conta com oito núcleos, trabalha na frequência de 3,6 GHz e tem seu poder ampliado no modo TURBO com o clock de 3,9 GHz. Além disso, ele traz 16 MB de memória cache e trabalha perfeitamente com overclocks elevados.
 

ASUS Crosshair V Formula — US$ 220

Uma das opções mais avançadas para o soquete AM3+ é a ASUS Crosshair V Formula. Essa placa-mãe trabalha com memórias DDR3 de até 2.133 MHz, aceita a utilização de até três placas de vídeo em configuração SLI ou CrossFire e tem um chip de som de alta qualidade para oferecer o melhor em jogos.
 
Obviamente, você pode optar por outras marcas de qualidade. Abaixo, listamos algumas placas que oferecem benefícios semelhantes e têm preços parecidos.
  • GIGABYTE GA-990FXA-UD7
  • ECS A990FXM-A Deluxe
  • MSI 990FXA-GD80V2

CORSAIR Vengeance 16 GB DDR3 — US$ 135

Os módulos de memória da CORSAIR são amplamente confiáveis para a execução de jogos, por isso, recomendamos um kit de 16 GB com dois módulos (CMZ16GX3M4A1600C9). Apesar de inferiores aos componentes recomendados para a configuração Intel, essas peças oferecem desempenho suficiente para os games mais avançados da atualidade.
 

Solução gráfica AMD

CrossFire de placas AMD Radeon HD 7970 — US$ 1.200

Não é porque você está montando um PC com processador AMD que isso implica na necessidade de utilizar chips gráficos da mesma fabricante. Todavia, se você prefere esta fabricante à NVIDIA, então, uma boa ideia é instalar duas placas com GPU Radeon HD 7970. Apesar de a HIS oferecer um produto mais robusto, recomendamos a MSI R7970 Lightning — mais fácil de encontrar e que traz um programa de overclock.
Os testes do site AnandTech comprovaram que essa solução é melhor em alguns cenários do que a GeForce GTX690. Por ora, não podemos sugerir uma placa de dois núcleos da AMD, ainda que a Radeon HD 6990 (da geração anterior) seja capaz de superar configurações com placas mais recentes.

Itens gerais

Enermax Platimax 1500W EPM1500EGT — US$ 450

Uma vez definidos os itens de nossas configurações, falta apenas definir uma fonte que tenha capacidade de alimentar todos os componentes. A Enermax Platimax 1500W é a opção mais recomendada para quem pretende adquirir uma máquina de altíssimo nível. Ela é mais do que suficiente para manter uma atualização para três placas na configuração AMD.

Samsung 830 SSD 256 GB — US$ 430

Por fim, resta apenas definir um bom dispositivo para o armazenamento. Os drives do tipo SSD não são os mais recomendados para quem busca espaço, todavia, são perfeitos para alto desempenho. Entre tantos modelos disponíveis, o site Tom’s Hardware coloca o Samsung 830 como uma das melhores opções.

Esse componente se saiu bem em quase todos os testes da web, o que nos leva a crer que ele pode ajudar muito na hora de executar os games mais robustos. No entanto, se você ainda prefere o bom e velho HD, então a melhor ideia é adquirir um Western Digital VelociRaptor WD1000DHTZ.

Corsair Obsidian Series 800D — US$ 299

Para finalizar a máquina, basta escolher um gabinete. Há diversos modelos interessantes para um PC de jogos. Entre tantos, o Obsidian 800D parece ser uma excelente opção. Ele tem muito espaço interno, três ventoinhas de tamanho avantajado e conexões USB 3.0 na parte da frente.
 

Sonhar é bom!

Sabemos que essas configurações não são para qualquer um, mas a ideia é apenas sonhar um pouco e babar com os incríveis componentes de hardware. Vamos editar o artigo anualmente para manter as informações atualizadas. Então, você gostou das configurações?